26/07/2017

Publicidade & Marketing: Endorfina é muito melhor que Rivotril!

"Neste momento tão difícil da vida nacional, eu busco paliativo na maior e mais natural das drogas: a endorfina. No dia 15 de novembro, o meu primeiro triatlo me espera.

É um virada contundente na vida de um ex-gordo fumante de 160 quilos galopando para os 200 quilos. Naquela época, Roberto Kalil, meu médico, foi taxativo: você vai morrer.

Eu escrevo este texto às 4h40, o momento em que saí da cama nesta segunda-feira fria de São Paulo rumo à piscina da academia.

O triatlo "short" para o qual venho me preparando são 750 m de nado, 20 km pedalando e 5 km correndo. Assim escrito não parece tão difícil.

Mas, na realidade do simulado que fiz no mês passado em São Carlos, no interior de São Paulo, não é fácil não. É como ser empresário no Brasil. 

Tributos mais burocracia mais péssimo ambiente de negócios mais imprevisibilidade... Somos todos ironmen. Empresário hoje no Brasil não dorme e não sonha. Eu desmaio.


São duas horas e meia de treino que caminham para três com uma folga na sexta. Nos fins de semana, faço um treino longo no qual posso nadar com a roupa de borracha que vestirei na prova e pedalar em ladeiras que me darão mais músculo.

Chego geralmente às 8h na empresa, onde tomo banho, café da manhã (o segundo após o treino), almoço lá mesmo e só saio às 20h. A endorfina foi fundamental para fazer a empresa que toco subir dez posições no ranking de agências de publicidade do Brasil, numa virada espetacular. Ela nos ajudou a conquistar uma das maiores vitórias de minha carreira profissional no festival de Cannes deste ano, tem atraído clientes e talentos para trabalhar conosco e mudou o ambiente de trabalho.

Sim, foi tudo graças a ela: a endorfina. É muito melhor que Rivotril. A história da minha vida é a luta pelo sono e pelo sonho. Esse triatlo tem me dado os dois.

Neste momento de desalento nacional, sou um drogado na multidão. Eu fugi da realidade. Que, aliás, é meu truque no Brasil desde sempre.


Quando cresci, havia a realidade da ditadura. Quando comecei minha agência, a realidade da inflação. Hoje, a realidade dos fatos. Quando pulo da cama e vejo meu peso, entro imediatamente num sonho grande, como diz Jorge Paulo Lemann. O homem não pode viver sem seu sonho grande. Sou baiano, vindo de uma família de esquerda. A disciplina nunca foi minha praia. A endorfina me levou para a disciplina, a rotina, a soneca depois do almoço, a castanha no meio da tarde. E, à noite, eu desmaio. Às 21h30, 22h sou um ser em transe.

Durante o dia, a endorfina me deixa em ritmo de Brasil grande. Sou um sujeito desconectado da realidade. Parece que a economia está crescendo a 4% ao ano. 

O Brasil está cheio de problemas, mas tenho um seriíssimo: a piscina. Das três modalidades, a natação é a que mais me desafia. Por isso, vou ter que aumentar meus treinos de natação de duas para três vezes por semana.


Meu peso no início do ano era 104 quilos. Agora estou em 97 e preciso perder ainda mais sete para o triatlo do dia 15 de novembro. Peso é custo, a data é a meta. Enfim, é tudo gestão digna do meu mestre Galeazzi.

Não é à toa que grande parte dos empresários modernos, como Alexandre Birman e Duda Sirotsky Melzer, é também maratonista.

A grande maratona é o Brasil! O triatlo nos dá força para enfrentar esse ironman que é ser empresário brasileiro."

Nizan Guanaes
(Publicitário baiano, dono do maior grupo publicitário do país, o ABC) 

21/05/2017

Política: A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO ROUBO NO BRASIL



Lula e Dilma pedem para a ilegalidade continuar no Senado
 
Imagine a cena: avenida Ana Jansen, no São Francisco, na calçada-estacionamento do Sistema Mirante de Comunicação. Você está parado aguardando um moto-táxi e é assaltado, facilmente. Em outro dia encontra-se lá para pegar um táxi e... de novo é roubado, no mesmo lugar! Não é difícil, pois a área é um dos metros quadrados mais caros da cidade e igualmente perigosa, pela proximidade do bairro Ilhinha – onde a pobreza impera em uma comunidade praticamente surgida da remoção dos moradores palafitados da Lagoa da Jansen para um pequeno conjunto residencial, construído na beira do mangue da Ponta d´Areia, há mais de 20 anos.
 
Claro, você tomará logo (além do susto) alguma providência no sentido de rever alguns pertences, principalmente documentos. Esqueça o dinheiro! Na delegacia, na primeira ocorrência, certamente os policiais se prontificarão em ajudá-lo, tentarão uma busca, uma diligência na área, a partir das características do meliante etc. Mas, se na segunda vez a autoridade policial lhe disser para “deixar para lá”, pois você já fora assaltado mesmo outras vezes, e o assaltante também é gente, precisa de dinheiro para comer, viver, se divertir, enfim... Já pensou?!
 
Enquanto jantava na sexta-feira passada, aproveitei também para assistir aos telejornais nacionais. Quase vomito quanto vi e ouvi a ministra Dilma Roussef, a toda poderosa e futura candidata à Presidência da República do Governo Lula, afirmar de viva-voz que o presidente do Senado Federal, José Sarney, não merecia passar pelo que está passando e que jamais deveria pagar pelo que já acontece há muito tempo no alto poder do planalto brasileiro. Ou seja: aquilo que Dilma e Lula sabem que ocorre há anos na política nacional, eles estavam pedindo que continuasse a acontecer... Então o senador Sarney está apenas cumprindo um ritual comum no Congresso Nacional? É isso, minha gente, brasileiras e brasileiros?
 
Segundo a turma do Lula (que é “a bola da vez” da política do país), as tais ilegalidades ocorrem no Senado e na Câmara há pelo menos 15 anos (imagine na Presidência da República), desde a época em que a atual oposição - leia-se PSDB e DEM/PFL - dominava o alto poder nacional. E os oposicionistas rebatem, dizendo que tudo começou no rodízio do controle da presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, criado pelo PT e PMDB, recentemente nos anos Lula. 
 
Há tempos sabemos que somos assaltados todos os dias, temos consciência, seja em Brasília, no Maranhão ou na avenida indo ou vindo da praia da Ponta d'Areia. Mas não estou falando de assaltos à mão armada, como o discorrido no começo deste texto - aliás, só para lembrar, há 15 anos fui assaltado por três jovens malandros (dois deles pareciam ter menos de 18 anos) no Centro de São Luís e, graças a Deus, estou “vivinho da Silva”. Falo dos assaltos em nível federal, estadual ou municipal dos políticos e controladores do povo – aqueles assaltantes eleitos, que se “prontificaram” a trabalhar por uma vida melhor para todos. Refiro-me sobre os que, de dois em dois anos, vêm a público pedir o voto da população, que é obrigada a sair de casa para votar, pois se não cumprir essa “ação cívica”, sofrerá várias e severas sanções e penalidades. Reflita comigo: somos obrigados a eleger os políticos para sermos assaltados, não é verdade?!
 
Mas, se aquele assaltante hipotético do início deste texto fosse pego em flagrante delito? E se ele desse o azar de ser pego pela sociedade indignada, o que aconteceria com ele? Meu Deus!... 
 
Bom, deixemos isso para lá, pois as “severas leis” brasileiras tratariam de dar um bom caminho para a “recuperação” do meliante – certamente ele teria outras boas chances de cometer novas ilegalidades (e sabemos que isso acontece sempre), tanto na nossa vida diária como na política de todo o país – a própria ministra Dilma levantou a possibilidade, em sua fala na TV, e o presidente Lula disse que a oposição está usando o fato para “tomar a presidência do Senado no tapetão”.
 
A questão social que leva uma pessoa comum a assaltar, certamente é bem diferente do poderoso político que se apossa indevidamente da coisa pública. Na verdade, os assaltos viraram rotinas no Brasil. É tudo muito normal. O problema é que, dona ministra e senhores presidentes (creio que saibam), quanto mais se assalta na alta esfera federal mais se deixa de dar uma vida digna e melhor para todos – menos se investe em segurança, saúde, educação, trabalho, lazer... Consequentemente, menos o povo tem o que fazer e comer. Dá pra entender, Lula, Dilma e Sarney? 
 
Essa questão de confundir o público com o privado está tão encravada no coração e na cabeça daqueles que tomam o poder de assalto, que até mesmo os que às vezes acreditamos um pouquinho mais, que está ali ao nosso lado, bem pertinho, nos enganam! Conheço a história de um político, ex-secretário adjunto de educação do Maranhão, que há alguns anos desviava a merenda escolar. Ou seja: tirava o pão e o leite das bocas das criancinhas paupérrimas, vocês acreditam?!
 
Outra história de dar dó: um jovem (não político), ex-secretário adjunto de comunicação, ao tomar posse, também achou que estava tomando posse de todo o dinheiro da sua pasta de trabalho – ele disse para alguns amigos próximos que não dava seis meses para enriquecer! Como, só com o salário de secretário adjunto?!
 
A coisa é bastante grave, porém parece que todos nós tapamos os ouvidos e olhos, muito menos procuramos sair da inércia que os políticos e seus seguidores fiéis nos botaram – nos cimentaram sem areia, vale lembra. Parecem os vícios da bebida e do cigarro (que são legais) ou os da maconha e da cocaína (que são ilegais). Eles entram e não conseguem mais sair, querendo sempre mais, e mais, e mais, e mais... Quanto mais, menos satisfeitos. É doença!
 
Fico assustado, estarrecido, decepcionado e também me sinto aviltado quando alguém próximo (amigo ou não) exclama que está louco para se colar ao político da vez para “comer um pouquinho” do estrago que ele fará. Até parece já tudo planejado. 
 
A mentalidade é pequena, e ninguém quer entrar no poder para trabalhar e enriquecer licitamente, com talento e suor, em prol da coletividade – especialmente daqueles que tanto precisam de um pouco de dignidade para sair da lama e deixar de assaltar à mão armada. Sabemos que essas pessoas são capazes de matar para conquistar o seu intento. Soube de casos de uma pequena revenda de água mineral, em frente ao Sistema Mirante de Comunicação, que os meliantes levam tudo que está no caixa: às vezes, menos de 10 reais, trocadinhos. E se não der, o vendedor-trabalhador pode perder a vida!
 
Certa vez, um estudioso professor universitário me confidenciou acreditar que essa ganância por roubar, em todos os níveis da sociedade, está em função da colonização portuguesa no Brasil ter sido realizada, em sua maioria, pelos piores tipos de gente, que era praticamente expulsa de Portugal para a preservação e segurança da Corte Real. Ele também revelou que, nessa época, era comum gritar: “ladrão, ladrão, ladrão!” e outros abrirem as portas de suas casas para dar abrigo ao ladrão. Exatamente isso: escondia-se o meliante! 
 
Sendo assim, o sofrimento de todos estará garantido por muitos e muitos anos. Então, que Deus nos proteja!


Marcos Baeta Mondego(cidadão brasileiro e maranhense com orgulho)

São Luís, sábado, 04 de julho de 2009.

Distribuído na data acima pelo mailing pessoal e relembrado e publicado hoje, aqui no blog.

30/10/2016

Eleição 2016 - segundo turno em São Luís

Hora de cumprir a obrigação eleitoral 
e pensar na cidade por mais 4 anos

Para hoje, 30 de outubro, dia do segundo turno das eleições municipais em São Luís, resolvi rememorar alguns momentos pincelados nas páginas dos meus perfis, nas redes sociais, para publicar no blog e marcar este momento histórico e democrático que vivemos no Brasil, especialmente em nossa cidade.

Para começar, destacar este flagrante fotográfico abaixo, realizado na sexta-feira passada, 28, no final do debate político entre os candidatos na TV Mirante, afiliada da rede Globo em São Luís. A pública e notória expressão no rosto de um homem sério, bem intencionado e comprometido com a cidade e seu povo. Do seu lado, o sorriso amarelo de quem está no jogo, jogando bem e sem nada a perder nestas eleições.


Tenho dito: torço sem paixão para que Edivaldo Holanda Júnior continue tirando da lama, do abismo, do caos e dando dignidade e comida aos pobres. O prefeito até já ganhou prêmio por isso.

E para quem diz que Edivaldo só trabalhou nos últimos meses da sua gestão, conheça no link do vídeo abaixo o PAA, projeto que premiou uma das primeiras ações do prefeito quando assumiu a administração da cidade.

Outro bom projeto do início da sua gestão foi o PNAE, que melhorou consideravelmente a qualidade da alimentação dos alunos nas escolas públicas municipais. Abra o link a seguir para entendê-lo melhor.


E dá para entender os "mimimis" e "pliplins" dos reclames de alguns da cidade que passam dia e noite nessa árdua mania de só reclamar e somente olhando para os seus umbigos? Diziam: Edivaldo só fez agora porque é ano eleitoral! Mostra-se o que ele fez, mas a reclamação continua: se fez no início da gestão, não fez mais que obrigação!

Se o cidadão Edivaldo fosse uma pessoa mau caráter, anti-ético e não temesse a Deus, o prefeito teria ganho logo no primeiro turno essa eleição. Possibilidades de jogo sujo eram muitas. Eram muitas cartas na manga, com relação aos concorrentes, principalmente sobre os candidatos Elisiane e Wellington, que se auto-destruíram com o andar da carruagem. E por isso, quem se deu bem no apagar das luzes foi o Braide.

No meu entendimento, o candidato do PMN 33 entrou nesta campanha já pensando em 2018, na candidatura para deputado federal. Sendo bem votado em São Luís, aí sim viria forte como candidato a prefeito em 2020. Mas a incompetência de Elisiane e Wellington o levaram para o segundo turno prematuramente. Sem dúvidas, claro que o Braide já é o grande vencedor deste ano, perdendo ou ganhando a eleição para prefeito.

Chegou o segundo turno. E com ele a pergunta: em se tratando de perfil político e de homem público, nesse embate agora polarizado, quem entende melhor as agruras de um povo? Um nasceu e se criou na Macaúba, parte mais pobre e menos beneficiada do centro da cidade. O outro nasceu no centro, mas viveu na elite, na área nobre, se criou entre o Calhau e Olho d'Água.

Braide se criou em uma área onde são fortes as pressões sobre a gestão. A maioria joga pesado, forma a opinião sobre os menos informados, principalmente aqueles que vivem nas periferias. Braide é de uma área onde quem já tem quer muito mais! E se o gestor não realizar sempre nessa área e deixar para depois...

A política na cidade tem que ser feita assim: farinha pouca, meu pirão primeiro! O negócio é investir mais e mais na área nobre. Pra que fazer benefícios em áreas pobres? E para o prefeito, ganhando ou não essa eleição, ficará a lição para o próximo gestor: primeiro os investimentos nas áreas nobres para depois levar benefícios à periferia. Fica a dica.

Pena que só se vê os benefícios na cidade quando são realizadas nas áreas nobres. E se eu pudesse, pegaria alguns pelo braço e levaria para ver (em alguns casos, para conhecer mesmo) onde Edivaldo Holanda tanto trabalhou. 

Esses 4 anos de gestão pode não ter sido marcante para mim ou a você, mas Edivaldo ficará marcado no coração de muitas pessoas que sequer sabiam o que é ter prefeito ou onde fica o prédio da prefeitura. E se o atual prefeito, sendo reeleito, continuar investindo nas áreas pobres e beneficiando as pessoas carentes, apoio Edivaldo Holanda Júnior até mesmo para um terceiro mandato seguido, caso a lei eleitoral permitisse.

Essa prioridade da gestão, talvez tenha sido pelo fato de o prefeito ter nascido e se criado na periferia, ainda que seja um bairro em uma área próxima ao centro da cidade. Edivaldo nasceu e foi criado na rua Caminho da Boiada, na Macaúba, próximo à feira, que tem o inverso da realidade de quem nasceu e se criou nas áreas mais abastadas de São Luís. E tenho absoluta certeza: se Edivaldo tivesse trabalhado prioritariamente na zona rica da cidade, não teria sofrido ataques da massa elitista e influente formadora de opinião. Mas ele optou por trabalhar na periferia nunca vista e nunca dantes visitada por um prefeito.

Quando se dá dignidade às pessoas, também se dá respeito! As cidades até se tornam bem menos violentas. E detalhe importante: a maioria das pessoas atingidas por benefícios da prefeitura vota no interior. Essa é uma prova que o prefeito investiu em gente e não em eleitores! Se reeleito, que siga assim o Edivaldo.

O atual prefeito reestruturou bairros inteiros, como o Pontal da Ilha, Jardim São Raimundo, Vila Riod, Santa Clara, vilas do pólo Coroadinho, dentre vários outros. Esses são apenas alguns exemplos de satisfação plena de moradores. E vale ressaltar: não se urbaniza bairros inteiros da noite para o dia. Por isso, mente quem diz que Edivaldo só trabalhou em 2016, no final dessa gestão. E mente mais ainda quem compartilha essa ideia.

Enquanto uns plantam o ódio e disseminam a discórdia, Edivaldo Júnior seguiu em ação, também em plena eleição, trabalhando principalmente pelos mais carentes, em regiões mais pobres. Talvez por ser um bom Cristão. E o bom Cristão faz tudo pelos seus semelhantes mais carentes, aqueles que pouco tem ou nada tem. O bom Cristão não usa de meios ilícitos para se dar bem em detrimento dos mais pobres. 

Sobre as pesquisas eleitorais, sempre fui contrário à divulgação delas. No meu entendimento, deveriam servir somente para os candidatos avaliarem as suas performances junto a seus pares, para nortearem os seus passos na campanha. E não para serem divulgadas afim de nortear e influenciar o eleitor carente de informação. Com isso, o proprietário de um instituto de pesquisa virou um dos principais e mais fortes cabos eleitorais de um candidato nas eleições.

Como os institutos de pesquisa erraram feio no primeiro turno, dando como certa a exclusão do Braide no segundo tempo das eleições, tornou-se uma constante então, por estas bandas, as pessoas criarem os seus próprios institutos de pesquisa nas redes sociais. E a pergunta recorrente era: e aí, é 12 ou 33?! Ainda que sem qualquer fundamento científico.

O descrédito sobre os pesquisadores científicos cresceu, deixaram dúvidas as suas técnicas. Por isso, diz o ex-candidato a presidente Ciro Gomes: "quem compra as pesquisas do Ibope, vende também para a população até a mãe!" O dito-cujo é o instituto de pesquisa de menor credibilidade por estas plagas e não tem histórico de acertos nas eleições do Maranhão.

O Ibope, eterno parceiro da Rede Globo e da TV Mirante dos Sarneys, nunca acertou resultado eleitoral por aqui. E pertence ao ex-presidente do Botafogo, "Carlos Alberto Montenegro, que é capaz de tudo para se dar bem!" - enfatiza o político cearense Ciro Gomes em entrevista à RedeTV. 

O certo, sobre os institutos de pesquisa no Maranhão: o Ibope, historicamente, só erra! E o DataM, de origem local, é o que mais tem acertado resultados nas eleições.

Sobre o candidato Braide, que faz campanha com um folder de 8 páginas e o chama de "plano de governo", com propostas para administrar São Luís nos próximos 4 anos. Parece mico nortear uma administração futura com um panfleto.

Logo no início do segundo turno, em uma entrevista na TV Difusora, chamada de Sabatina do Resenha, Braide acusou jornalistas e blogueiros de tentarem acuá-lo em benefício do prefeito. Mas liso e escorregadio, muito frio e sem nada a perder nesta campanha, o candidato conseguiu se sair como bom moço, se fortaleceu e explorou esse fato a seu favor nesse período. Porém, não foi bem o que aconteceu com os resultados das pesquisas seguintes.

Candidato visivelmente com propostas populistas, Braide chegou a afirmar na propaganda do rádio e televisão que, caso eleito, realizará projetos com ajuda somente do povo. Sendo assim, então é melhor o povo preparar os bolsos, caros eleitores, porque isso é improvável e impossível!

Faltou dizer: dou um carro pra cada eleitor, comida todo dia, roupa lavada. Mas disse: Carnaval e São João serão festança! Um sobe e desce de grupos e arraiais pra todo lado. E quase disse: tá tudo errado, na educação, na saúde, na infraestrutura, tá errado dar comida aos pobres, tirar as pessoas da lama e do abismo. E faltou dizer, mas ficou implícito: farei torneios de porrinha com palitinhos de fósforos, de bolas de gude, festas de graça pra todos em todos finais de semana!

Na apresentação de suas propostas para administrar São Luís nos próximos 4 anos, o candidato Braide só não sabe e não disse de onde vai tirar tanto dinheiro para cumprir os seus planos prometidos. Ele pareceu não ter a menor ideia de onde encontrar a chave do cofre para tantos benefícios. Para arrematar, bastava confirmar: isso é populismo, mas votem em mim!

Sobre as pesquisas, o candidato Braide disse na propaganda do rádio e da TV: "as pesquisas só mentem", que não eram confiáveis, descredibilizando-as porque nenhuma tinha dado a sua ida para o segundo turno. Porém, o mesmo candidato publicou por dias, no horário eleitoral, que uma delas, justamente a do Ibope, dava como certa a sua vantagem na preferência dos eleitores. Divulgou o resultado dessa pesquisa por dias e dias. Para Braide, o Ibope não mentiu ao dar o 33 à frente do 12. Ficou a contradição.

Sobre o debate do fim da campanha no rádio e na TV, ele não serviu para a minha decisão final em quem votar. Mas do pouco que vi, Edivaldo Júnior me pareceu um pouco nervoso, pois partir para a guerra com todas as armas não parece nele o seu ponto forte, bater não faz parte do seu perfil. Já o Braide, não, pareceu sempre frio, sem nada a perder nestas eleições.

No entanto, no dia seguinte passei cedo por algumas regiões periféricas da cidade e constatei que, proporcionalmente, para cada 2 casas adesivadas e embandeiradas com o material político do Edivaldo, uma estava com o Braide. A proporção era mais ou menos 2 por 1 pró prefeito. Já no caso específico do Bequimão, conjunto Rio Anil e Vila Palmeira, a impressão que tive é que aquela área tinha fechado 100% com apoio a Edivaldo Holanda.

Sobre o apoio declarado do governador: coerente, Flávio Dino gravou (enfim, para alguns) mensagem de voto explícito ao prefeito. Alguns achavam que isso não aconteceria, ainda que o vice da chapa do 12 fosse o 65. E claro que o voto de Flávio Dino influencia grande parte das pessoas. Por isso alguns formadores de opinião exigiam sua fala a favor do Edivaldo. O bom da declaração de voto de Flávio Dino: muitos saíram do armário, pularam do muro a favor da continuação do trabalho do prefeito e passaram até a divulgar os seus votos nas redes sociais, ainda que sem justificativas e argumentos plausíveis, a Edivaldo Júnior.

Enquanto isso, no mesmo dia em que o governador se declarava definitivamente a favor do prefeito, os incoerentes se juntavam. Braide aceitava o apoio do enfim "decidido" Wellington 11, que parecia ser a pedra no sapato do prefeito no primeiro turno e que foi o primeiro a denunciar publicamente as obscuridades do 33 ao longo da sua carreira política, até então de desconhecimento do eleitor.

Também com a parceria formada do 33 com o 11, vieram à tona as várias peripécias do Braide, principalmente divulgadas nas redes sociais da internet. E com o apoio de Dino a Holanda, veio também a público a rebordosa do Braide. Ele disse de viva voz, no rádio e na TV, que deixou de ser líder do governo Flávio Dino só para se candidatar a prefeito

Braide acabou sendo denunciado na Assembleia Legislativa por um dos seus pares. O deputado Adriano Sarney o acusou de mentiroso, afirmando que ele foi sim procurar a ex-governadora Roseana Sarney para apoiá-lo. E reafirmou que Braide mentia ao rechaçar essas informações. O Adriano foi claro na tribuna da AL-MA. Foi enfático ao afirmar que o seu compromisso era com a verdade! Disse que o Braide mentia para chegar ao poder

Então concluí com piada pronta: comparado à média do cidadão masculino maranhense, o candidato Braide é um homem alto, mas de perna curta. E um cara assim é esquisito, muito estranho! 


Será porque o Braide buscou apoio no grupo Sarney se é declaradamente defensor do governo Flávio Dino? E, pior: como um deputado tão enrolado, envolvido em diversas falcatruas, consegue ser líder na AL-MA de um governo que foi eleito em um contraponto aos Sarneys? Braide, afinal, é fiel a quem? Porque será que foi buscar apoio em Roseana?

Ainda bem que agora já sabemos do que o Braide é capaz. E no meu entendimento, o teor da sua mensagem, diretamente ao governador, durante a propaganda política, só queima a imagem do Flávio Dino e compromete o seu governo, principalmente depois de todas as denúncias que vieram à tona sobre o candidato do PMN à prefeitura. Avaliem.

E para fechar e para quem ainda compartilha inverdades, a Justiça Eleitoral decidiu que não houve ilegalidade no contrato da Prefeitura com o instituto ISEC e o candidato Braide segue sendo investigado em Brasília, segundo matérias divulgadas na imprensa maranhense.

Política não se faz com egocentrismo, arrogância e nariz empinado. Não adianta chegar a um alto cargo público político sozinho, sem apoios e na sujeira. Melhor repensar algumas atitudes, neles e em nós!

O voto é livre, o eleitor vota em quem mais se assemelha e se identifica.

02/10/2016

TAPANDO O BURACO DO UMBIGO

Após esses dias de campanha eleitoral nas ruas, no rádio, na televisão e nas redes sociais e hoje, dia da eleição para prefeito e vereadores, dou-me conta de refletir e escrever estas mal traçadas linhas sobre esse processo eleitoral que nos envolve às vezes de corpo e alma (no caso, de 4 em 4 anos; e sempre, de 2 em 2 anos).
Digo de corpo e alma porque, de vez em quando, somos envolvidos não só no papel de eleitor, mas também avassalado como profissional publicitário para entender a demanda e informá-la da melhor maneira possível às pessoas e ao eleitorado sobre as ações públicas deflagradas pelo político gestor-administrador ou sobre as propostas dos outros candidatos que vislumbram o cargo – é o que chamamos tecnicamente de marketing eleitoral.
Nos acostumamos em São Luís, capital maranhense, nas últimas gestões (leia-se nesse caso o Jackson Lago e Tadeu Palácio), a nos contentar com a cidade varrida, capinada, com os buracos das ruas tapados e com as vias pintadas e sinalizadas, pelo menos as centrais ou aquelas localizadas nas áreas nobres, por onde mais transitamos. Tirando a segunda gestão do Dr. Jackson, que investiu em algumas obras estruturantes necessárias em alguns específicos pontos da cidade, a gestão do prefeito João Castelo foi marcada, também, somente por algumas obras importantíssimas em algumas comunidades, no ponto de vista da base bem feita, da estrutura necessária.
Quem não se lembra, por exemplo, como era a avenida Santos Dumont, no São Cristovão, e como ela ficou após a ação do ex-prefeito? Uma obra que marcou a sua gestão, talvez o símbolo do tucano na prefeitura. Hoje, concordemos, só falta ficar atento à conservação da via, como é necessária a todo bem público. Quem naquela região da cidade não é bem mais feliz, não elevou a auto-estima e não teve valorizada a sua propriedade, sua casa, seu empreendimento e seu comércio? Quem não tem naquela via uma forma mais rápida e fácil de se deslocar de um ponto a outro da cidade, fugindo dos tradicionais engarrafamentos que assolam as cidades não planejadas?
O ex-prefeito João Castelo talvez ficasse também com a gestão marcada positivamente se conseguisse implantar o VLT e construísse os viadutos da Forquilha e do Calhau. Não deu certo, até porque o Sarney derrubou o Jackson do governo e Roseana, ao assumir, tratou logo de cancelar todos os convênios da gestão substituída, inclusive os realizados com a prefeitura da capital. Castelo acabou ficando marcado pelas promessas não cumpridas.
Veio então a eleição municipal seguinte, de 2012, com amplas possibilidades do prefeito se reeleger, apesar do alto índice de rejeição. Seu principal concorrente, o Edivaldo Júnior, jovem deputado federal muito bem votado em 2010, em São Luís, e com a rejeição lá em baixo. Um sinal de alerta para o Castelo, que acreditou sozinho no seu potencial e não considerou, como deveria, os fatores de risco que o levariam a perder a prefeitura. O prefeito, por exemplo, esqueceu praticamente todos os aliados que consubstanciaram a sua eleição em 2008. Como o ex-prefeito Tadeu Palácio, hoje esquecido politicamente, Castelo acreditou erradamente que seria capaz de continuar como gestor da cidade sem a necessidade de consolidar e ampliar as alianças. Ele fez o contrário do Edivaldo, seu principal concorrente, que já tinha o apoio do ex-candidato a governador, em 2010, Flávio Dino, que era presidente da Embratur no primeiro governo Dilma Rousseff, que, como é sabido, tem o partido tucano como principal opositor.
Mas, particularmente, eu acreditava (vendo de fora para dentro) que João Castelo conseguiria a reeleição e que era merecedor de continuar a sua administração, pois eu acredito que 4 anos não são suficientes para o gestor mostrar toda a sua capacidade de trabalho, baseado nas propostas de campanha – está comprovado isso. E como já sabemos, deu no que deu, são águas passadas.
Iniciar uma nova gestão significa recomeçar tudo do zero, como aconteceu com Castelo e Edivaldo recentemente. Significa, no meu entendimento, pelo menos 2 anos pra "arrumar a casa", pôr as coisas em ordem e do jeito do novo gestor. Sem dúvidas que o prefeito Edivaldo Júnior não conseguiu realizar a gestão dos nossos sonhos (e nem da dele também, como afirmou no programa eleitoral). Mas é necessário observar onde ele conseguiu chegar.
A sua gestão conseguiu atingir pessoas que viviam na lama e no abismo, totalmente excluídas. E essa busca começou desde o início da gestão, ainda com os próprios e parcos recursos disponíveis, lentamente, quase parando, depois com as parcerias com o governo federal e por último com o estadual.
Eu moro em uma área de vários conjuntos habitacionais onde quase todos os meus vizinhos reclamam alardeamente da falta de benefícios, porém eles esquecem de atentar para o entorno: mais de 100 mil pessoas atingidas com saneamento, calçamento, asfalto e drenagens profunda e superficial. E onde também agora tem áreas de lazer, para prática de esportes, habitações dignas no lugar de palafitas, canalização de esgoto que antes era rio que transbordava, reforma de escolas e unidade de saúde etc. etc. etc.
Como na região onde moro, o prefeito também levou a prefeitura para locais nunca dantes visitados e marcados por obras dos gestores municipais. Edivaldo Júnior conseguiu transformar bairros inteiros e marcar a vida de muitas pessoas. Eu particularmente acredito que, se essas regiões atingidas por benefícios fecharem com o prefeito, Edivaldo é capaz de levar esta eleição ainda no primeiro turno!
E para fechar, não é que o prefeito chegou recentemente onde eu moro, asfaltando as ruas do conjunto, que há mais de 10 anos não sabia o significado disso e com isso atingiu também os meus vizinhos que só olham para o umbigo?
Pois é... Acho bacana olhar também para os outros. Porém, amigos, antes de tudo, votem com a consciência, votem tranquilo, votem bem. E bom domingão, bons votos, com segurança plena a todos!
Ah, mais um lembrete: eu não faço parte da equipe de marketing eleitoral da campanha política do prefeito. Mas estou convicto e tenho provas dos seus feitos!
TAPANDO O BURACO DO UMBIGO

Após esses dias de campanha eleitoral nas ruas, no rádio, na televisão e nas redes sociais e hoje, dia da eleição para prefeito e vereadores, dou-me conta de refletir e escrever estas mal traçadas linhas sobre esse processo eleitoral que nos envolve às vezes de corpo e alma (no caso, de 4 em 4 anos; e sempre, de 2 em 2 anos).
Digo de corpo e alma porque, de vez em quando, somos envolvidos não só no papel de eleitor, mas também avassalado como profissional publicitário para entender a demanda e informá-la da melhor maneira possível às pessoas e ao eleitorado sobre as ações públicas deflagradas pelo político gestor-administrador ou sobre as propostas dos outros candidatos que vislumbram o cargo – é o que chamamos tecnicamente de marketing eleitoral.
Nos acostumamos em São Luís, capital maranhense, nas últimas gestões (leia-se nesse caso o Jackson Lago e Tadeu Palácio), a nos contentar com a cidade varrida, capinada, com os buracos das ruas tapados e com as vias pintadas e sinalizadas, pelo menos as centrais ou aquelas localizadas nas áreas nobres, por onde mais transitamos. Tirando a segunda gestão do Dr. Jackson, que investiu em algumas obras estruturantes necessárias em alguns específicos pontos da cidade, a gestão do prefeito João Castelo foi marcada, também, somente por algumas obras importantíssimas em algumas comunidades, no ponto de vista da base bem feita, da estrutura necessária.
Quem não se lembra, por exemplo, como era a avenida Santos Dumont, no São Cristovão, e como ela ficou após a ação do ex-prefeito? Uma obra que marcou a sua gestão, talvez o símbolo do tucano na prefeitura. Hoje, concordemos, só falta ficar atento à conservação da via, como é necessária a todo bem público. Quem naquela região da cidade não é bem mais feliz, não elevou a auto-estima e não teve valorizada a sua propriedade, sua casa, seu empreendimento e seu comércio? Quem não tem naquela via uma forma mais rápida e fácil de se deslocar de um ponto a outro da cidade, fugindo dos tradicionais engarrafamentos que assolam as cidades não planejadas?
O ex-prefeito João Castelo talvez ficasse também com a gestão marcada positivamente se conseguisse implantar o VLT e construísse os viadutos da Forquilha e do Calhau. Não deu certo, até porque o Sarney derrubou o Jackson do governo e Roseana, ao assumir, tratou logo de cancelar todos os convênios da gestão substituída, inclusive os realizados com a prefeitura da capital. Castelo acabou ficando marcado pelas promessas não cumpridas.
Veio então a eleição municipal seguinte, de 2012, com amplas possibilidades do prefeito se reeleger, apesar do alto índice de rejeição. Seu principal concorrente, o Edivaldo Júnior, jovem deputado federal muito bem votado em 2010, em São Luís, e com a rejeição lá em baixo. Um sinal de alerta para o Castelo, que acreditou sozinho no seu potencial e não considerou, como deveria, os fatores de risco que o levariam a perder a prefeitura. O prefeito, por exemplo, esqueceu praticamente todos os aliados que consubstanciaram a sua eleição em 2008. Como o ex-prefeito Tadeu Palácio, hoje esquecido politicamente, Castelo acreditou erradamente que seria capaz de continuar como gestor da cidade sem a necessidade de consolidar e ampliar as alianças. Ele fez o contrário do Edivaldo, seu principal concorrente, que já tinha o apoio do ex-candidato a governador, em 2010, Flávio Dino, que era presidente da Embratur no primeiro governo Dilma Rousseff, que, como é sabido, tem o partido tucano como principal opositor.
Mas, particularmente, eu acreditava (vendo de fora para dentro) que João Castelo conseguiria a reeleição e que era merecedor de continuar a sua administração, pois eu acredito que 4 anos não são suficientes para o gestor mostrar toda a sua capacidade de trabalho, baseado nas propostas de campanha – está comprovado isso. E como já sabemos, deu no que deu, são águas passadas.
Iniciar uma nova gestão significa recomeçar tudo do zero, como aconteceu com Castelo e Edivaldo recentemente. Significa, no meu entendimento, pelo menos 2 anos pra "arrumar a casa", pôr as coisas em ordem e do jeito do novo gestor. Sem dúvidas que o prefeito Edivaldo Júnior não conseguiu realizar a gestão dos nossos sonhos (e nem da dele também, como afirmou no programa eleitoral). Mas é necessário observar onde ele conseguiu chegar.
A sua gestão conseguiu atingir pessoas que viviam na lama e no abismo, totalmente excluídas. E essa busca começou desde o início da gestão, ainda com os próprios e parcos recursos disponíveis, lentamente, quase parando, depois com as parcerias com o governo federal e por último com o estadual.
Eu moro em uma área de vários conjuntos habitacionais onde quase todos os meus vizinhos reclamam alardeamente da falta de benefícios, porém eles esquecem de atentar para o entorno: mais de 100 mil pessoas atingidas com saneamento, calçamento, asfalto e drenagens profunda e superficial. E onde também agora tem áreas de lazer, para prática de esportes, habitações dignas no lugar de palafitas, canalização de esgoto que antes era rio que transbordava, reforma de escolas e unidade de saúde etc. etc. etc.
Como na região onde moro, o prefeito também levou a prefeitura para locais nunca dantes visitados e marcados por obras dos gestores municipais. Edivaldo Júnior conseguiu transformar bairros inteiros e marcar a vida de muitas pessoas. Eu particularmente acredito que, se essas regiões atingidas por benefícios fecharem com o prefeito, Edivaldo é capaz de levar esta eleição ainda no primeiro turno!
E para fechar, não é que o prefeito chegou recentemente onde eu moro, asfaltando as ruas do conjunto, que há mais de 10 anos não sabia o significado disso e com isso atingiu também os meus vizinhos que só olham para o umbigo?
Pois é... Acho bacana olhar também para os outros. Porém, amigos, antes de tudo, votem com a consciência, votem tranquilo, votem bem. E bom domingão, bons votos, com segurança plena a todos!
Ah, mais um lembrete: eu não faço parte da equipe de marketing eleitoral da campanha política do prefeito. Mas estou convicto e tenho provas dos seus feitos!

13/02/2015

Black Magic: experimente os arquivos RAW da câmera Pocket Cinema

Por que comprar uma Pocket?
Desde o lançamento da primeira RED, e de quando editei o primeiro material RAW em 2008 fiquei louco para ter uma. Na época eu não só não tinha condições financeiras, como não tinha como justificar profissionalmente a compra de uma câmera tão cara. Mas finalmente que em meados de 2013 a BlackMagic Design (depois de muito enrolar) começou a vender a Cinema Camera 2.5K (que chamamos de BMCC 2.5K para abreviar).

Eu e o Rafael decidimos que era uma boa idéia comprar uma para cada um. Como estávamos até o pescoço de trabalho, adiamos esta compra, o que foi uma grande idéia por que em Setembro de 2013 a BlackMagic anunciou que a BMCC 2.5K que custava US$ 2.999 passaria a custar US$ 1.999 e dois novos produtos estavam sendo lançados. Uma BMCC com resolução 4Ke uma câmera menor, a Pocket Cinema Camera por US$ 999.
Com estes valores ficou fácil justificar a compra de uma câmera nova. Discutimos bastante se compraríamos duas BMCC 2.5K ou duas Pockets, mas no final a Pocket venceu por vário motivos, entre eles:
  1. Encaixe de lentes MicroFourThirds – Eu tenho tanto lentes MFT quanto lentes Canon, então faz sentido para mim ter uma câmera que aceite todas as minhas lentes (Canon com uso de adaptador). A BMCC 2.5K tem a opção de bocal MFT mas não é um bocal ativo (não controla a lente) o que é um problema para lentes MFT.
  2. Armazenamento – A diferença é grande, enquanto as BMCC usam SSDs para armazenamento, a Pocket usa Cartões SD. O custo é muito menor e a versatilidade muito maior.
  3. Bateria – A pocket usa baterias nikon NP-20 que podem ser trocadas, as BMCC tem bateria interna. Se precisar de mais energia nas BMCC precisa de uma tomada ou precisa adaptar uma bateria externa. Para a pocket é só comprar mais baterias da NP-20 (US$ 50 dólares por 3 baterias).
  4. Dimensões – Tanto eu quando o Rafael viajamos muito, então faz sentido termos equipamento mais fácil de carregar. Mesmo que os clientes reclamem “Você vai gravar meu vídeo com essa camerazinha” e tenhamos que nos explicar…
  5. Preço – No final das contas, a Pocket custa metade da BMCC 2.5K. A diferença de US$ 1.000vale uma lente Lumix 12-35 F/2.8 por exemplo ou várias lentes antigas para adaptar.
Nossas impressões sobre a câmera
Enquanto esperávamos a câmera pelo correio estávamos com medo de termos comprado umacâmera “de plástico”, afinal é uma câmera muito pequena. Mas assim que a câmera chegou descobrimos que nosso medo era infundado. A Pocket não é uma câmera de brinquedo, mas sim uma câmera profissional muito pequena.

Embora o tamanho engane, ela é uma câmera sólida e relativamente pesada. Quando pegamos ela na mão sentimos que é uma câmera feita para durar. Os botões são firmes e tenho certeza que vão funcionar por muito tempo.

resolução da câmera é comparável a qualquer câmera FullHD Profissional das mais caras, com uma quantidade incrível de detalhe.

Quando se fala em cor e contraste é outra história. Como se pode esperar de uma câmera RAW, ela tem detalhes desde as sombras mais escuras até os highlights onde outras câmeras já teriam facilmente estourado. Com o DaVinci Resolve (ou outro software de tratamento de cor) dá para fazer miséria tunando as cores até a perfeição.


É uma câmera de cinema mesmo?

SIM! É uma câmera de operação extremamente simples que te dá mais liberdade para criar ao invés de te forçar a dominar as configurações de dezenas de menus.

A Pocket tem um menu de 4 páginas com uma média de 5 ítens por menu. Sim, apenas 20 ítenspara serem configurados, sendo que boa parte deles você só vai mexer uma vez por projeto. Os menus são:
  1. Configurações de Câmera: onde se configura o Nome da Câmera (que é gravado tanto no nome dos arquivos quanto no EXIF das imagens), DataHoraISO (de 200 a 1600, Balanço de Branco (3200K a 7500K) e ângulo do obturador (45º a 360º).
  2. Configurações de Áudio: onde se configura volume de entrada, Entrada de Linha ou Microfone, volume do canal esquerdo, volume do canal direito, juntar os dois volumes, volume da caixa de som.
  3. Configuração da Gravação onde se escolhe entre RAW e ProResgama Dinâmica de filme ou vídeo, taxa de quadros por segundo e ainda tem a opção de Time Lapse.
  4. E configurações da tela: gama dinâmica da saída (vídeo ou filme), brilho da telaZebra(75% a 100% ou desligado) e Overlays para a saída HDMI.
Uma vez que se configura a câmera para um determinado projeto, as únicas configurações que você tem que ajustas são Shutter, Iris e Foco. Durante a gravação ainda dá pra usar Focus Peaking (ajuda para fazer o foco) e Zebra (para evitar estourar o branco – que mesmo em RAW estoura!).
                                                
Pós-Produção

Depois de gravarmos nossos primeiros testes passamos horas nos divertindo no DaVinci Resolve (que você pode baixar no link abaixo), aplicando diferentes looks, experimentando até onde dava pra puxar brancos e sombras, até onde dava para tunar as cores… E é aí que a câmera brilha. 

Quem já tentou trabalhar com material 8-bits altamente comprimido (todo mundo que já trabalhou com uma câmera DSLR Canon basicamente) sabe que não dá pra ir muito longe, as sombras tem um ruído horrível de compressão e quase nenhum detalhes, os highlights tem pouquíssima informação e a informação de saturação é muito limitada.

Com RAW (e mesmo com ProRes 10-bits) dá pra fazer miséria, tem uma quantidade absurda de informação nas imagens e dá para alterar muito as imagens antes de aparecer artefatos de ruído ou antes de chegar no limite das sombras ou dos brancos. E fica melhor ainda: sem artefatos de compressão!
Você pode se divertir também!
Embora nós não possamos emprestar nossas câmeras para cada um dos nossos leitores, podemos compartilhar imagens em RAW com você para que você possa aprender o workflow do trabalho com RAW. Esta semana fui a Rotterdam e gravei algumas imagens por lá, você pode baixar estas imagens e usá-las no DaVinci Resolve (link para download abaixo) ou outro software semelhante.

Link original do artigo... 
http://cinematografico.com.br/2014/04/experimente-com-arquivos-raw-da-blackmagic-pocket-cinema-camera/