27/10/2012

Eleição 2012: o nível do 2º turno em São Luís...



E AS ÁGUAS DOS CANDIDATOS

O nível das baixarias foi tão alto que não sobrou tempo para Edivaldo e Castelo discutirem um problema crucial da cidade: o abastecimento d'água.

Depois de findado praticamente 1 mês de campanha, nenhuma proposta concreta e plausível foi apresentada pelos candidatos a prefeito para resolver o problema de abastecimento d'água da capital maranhense que acaba de fazer 400 anos de fundação. Isso mesmo: alguns não se deram conta, mas esse é um problema do Brasil Império ou Brasil Colônia.

Nada surgiu de bom, senão aquela história de Castelo que prometeu romper o contrato da prefeitura com o governo, não dizendo o que faria exatamente para substituir o serviço hoje prestado. Ele chegou até a ser tratado como louco pelo responsável da CAEMA, o secretário de saúde do Estado, Ricardo Murad, que é "o cara" da distribuição de água em carros-pipas em parte da cidade, talvez como ela era distribuída antigamente, quem sabe num ato de saudosismo. 

E o candidato Edivaldo bem que poderia apresentar algo interessante para essa questão, porque é amigo da presidenta Dilma, faz parte do seu conselho político, vive o mundo das possibilidades de viabilizar recursos públicos para esses fins, participa dos projetos sociais criados pelo Governo Federal (como os PACs), mas nada, não saiu mesmo.


Esperava mais e acredito que vocês também. Sorte de quem mora nos condomínios e novos conjuntos construídos em São Luís que não sofrem com a falta d'água, porque possuem poços artesianos, por exemplo, e a água jorra com facilidade, sendo até mesmo desperdiçada. 

Hoje, Upaon-Açu é crivada de poços artesianos em todos os cantos. Para alguns, ainda bem. Mas, para quem é morador do Centro e dos bairros circunvizinhos mais antigos da cidade, o sofrimento é garantido diariamente. Na periferia então, nem se fala.

Pior ainda para quem mora em locais altos, onde lá mesmo é que a água não chega. Na madrugada de hoje, quando você for abrir as torneiras para abastecer tanques, baldes e vasilhas, pense bem em quem votar amanhã, para prefeito, e daqui a 2 anos, em 2014 para governador. O seu voto faz e fará a diferença. E o eleitor tem que entender que o político está lá a serviço da população, quando ele está nessa condição no executivo ou legislativo. 


O eleitor precisa dar uma resposta para aqueles que se perpetuam (ou pretendem) no poder e nada fazem, como especificamente nesse caso, que é um serviço essencial e necessidade básica de todos. 

E sobre o esgoto nem vou tocar no assunto, porque senão vai ser merda aqui para todo o lado. Agora sobre a água na torneira em toda a cidade? Bom, talvez pelo andar da carruagem (ou dos carros-pipas) a solução definitiva só sairá daqui a 400 anos. 

Feliz 28 de outubro para todos.

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