09/10/2012

Campanha Política em São Luís:

Com a palavra, os candidatos 
(e seus marqueteiros)

Iniciar o 1° turno da campanha política deste ano com 30% das intenções de voto do eleitorado da capital e bem à frente dos demais candidatos, não foi o suficiente para que os marqueteiros fizessem o prefeito João Castelo avançar e vencer essa etapa inicial da peleja que elegerá o gestor público de São Luís aos próximos 4 anos.

Particularmente, senti a falta de inserções de rádio e TV com apelos populares-eleitorais que explorassem as importantíssimas obras dos canais do Coroadinho-Coroado-João Paulo, Maioba-Cohatrac-Cohab e Turu-Parque Vitória, que na minha opinião deveriam ter peças específicas e individuais na mídia, em face da grandiosidade e significância que tem a essas regiões populosas da cidade.

A obra do canal da Cohab, por exemplo, evitará que no período do inverno a enchente o transborde, cause enormes prejuízos à população, derrube pontes (refeitas pela prefeitura) e, como aconteceu recentemente, evite até que chegue à residência do vereador Pereirinha, atual presidente da câmara.

A obra do canal do Coroado evitará que a área baixa do João Paulo, do Coroadinho e do próprio Coroado sofram novamente e fiquem alagadas, inclusive interditando a disputada avenida dos Africanos.

A obra do canal do Turu é a continuação do trabalho importantíssimo de macro-drenagem da parte baixa da avenida São Luís Rei de França, iniciado pelo ex-prefeito Jackson Lago, e melhorará ainda mais o escoamento das águas pluviais da região.*

Começar e terminar com somente 30% da votação, estando no poder, tendo obras relevantes para apresentar e não tê-las exploradas na mídia, aproveitando a campanha eleitoral obrigatória e gratuita no rádio e televisão, no mínimo foi “pisada de bola” de “craques” do marketing político nacional. E, principalmente, faltaram peças específicas sobre elas, mostrando o tanto e quanto são importantes para determinada população ou setor da cidade, e que resolverão um problema quase eterno, quase crônico.

Agora teremos um 2° turno que, se ambos os candidatos que disputarão o “título” mantiverem os seus votos do 1°, serão mais de 331 mil votos (dos outros candidatos, abstenções, brancos e nulos) a serem buscados pelo poder de convencimento do candidato, pelo poder de persuasão da propaganda eleitoral - em tão curto prazo de somente 20 dias de campanha político-eleitoral.

Vamos esperar o que os marqueteiros criarão aos candidatos, além de propostas impossíveis de serem realizadas (aquelas que quando o candidato eleito chega ao poder dá conta que não há verbas suficientes para realizá-las). 

O que, por exemplo, esses profissionais do marketing político proporão para convencer a enorme quantidade de eleitores que se negaram a ir às urnas para votar no dia 7 de outubro, no 1° turno, possam sair de casa no próximo dia 28, data da votação do 2° turno. 


E o que terão “nas mangas” para convencer o eleitorado da surpreendente candidata Eliziane Gama (13%) ou dos eleitores da governadora Roseana Sarney (11%) a votarem em Edivaldo (36%) ou Castelo (30% dos votos).

Que venham os programas eleitorais, os debates, as propostas possíveis de serem realizadas e, principalmente, belas e convincentes peças publicitárias capazes de tirar o povo sofrido e desmotivado de suas casas, fazendo-os votar e participar dessa festa democrática brasileira.

* Os políticos gestores não gostam e não costumam realizar esse tipo de obra porque fica escondida, submersa ou subterrânea, ninguém lembra, ninguém vê, tanto que, inclusive, eu não lembrei de citar o importante canal do Renascença, também realizado na administração de Castelo, que fica entre o Tropical Shopping Center e o jornal O Imparcial. No período invernoso, vários carros foram envolvidos em enchentes ali e outros quase foram arrastados daquele estacionamento.


  São Luís (MA)#

  Líder em abstenção, capital maranhense tem campanha eleitoral embalada pelo reggae.

  Cidade tem o maior índice de abstenção de votos entre as capitais. 


"Os números do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não deixam dúvida sobre a falta de interesse de parte significativa do eleitorado. Em 2008, na última eleição municipal, dos 636 mil eleitores, 115 mil deixaram de votar (18%). Em 2010, o número ainda foi maior: 163 mil não foram às urnas, o que representou 24,5% do eleitorado, maior índice entre as capitais brasileiras."
# fonte: site UOL


Nenhum comentário: